Desgaste no Quadril

Desgaste no Quadril

Desgaste no quadril

As pessoas estão vivendo mais e, consequentemente, tendo mais doenças, especialmente as degenerativas como o desgaste no quadril, interferindo na sua qualidade de vida.

 A cartilagem articular e o osso subcondral são constituídos para aguentar fortes pressões e têm estrutura para exercer a função articular da melhor forma.  Por conta disso, quando ocorre uma perda estrutural nessas áreas, a consequência inevitável será a osteoartrose. 

DESGASTE NO QUADRIL: CAUSAS 

Quando ocorre a degeneração condral no quadril é identificado o quadro de artrose do quadril, tendo por sintomas a redução da mobilidade articular, dor e claudicação. 

Já a coxartrose tem maior prevalência nas mulheres acima de 55 anos, sem predominância em determinados grupos étnicos.  

O CEOP, Centro de Estudos Ortopédicos de Passo Fundo, analisou a etiologia de 500 casos de coxartrose e obteve, como constatação, esses números: 

53% causados por displasia; 

39% de causas variadas; 

2,2% por sequelas da doença de Legg-Perthes; 

2% por sequela de coxa profunda; 

1,2% resultante de coxa vara. 

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ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 

Suas características mais notórias compreendem a estabilidade gerada quando se realiza movimentos, além da lubrificação e distribuição da carga. 

A estabilidade quando se faz movimentos é considerada ativa, estabelecida pelos músculos que atuam na articulação. Quando depender dos ligamentos e da cápsula articular será considerada passiva. 

A lubrificação articular, requerida pelos movimentos articularem especialmente em alta velocidade, tem dois mecanismos básicos de lubrificação: 

– De contorno ou superfície, quando é notada a presença de fina camada de líquido sinovial; 

– Hidrodinâmica, quando a carga sofrida pela articulação produz camada de fluído para separar superfícies opostas de cartilagem. 

Grande parte das tensões causadas pelas articulações poderá ter absorção na contração muscular quando se tocar o solo. 

FATORES ETIOLÓGICOS 

A etiopatogenia identifica a idade avançada como principal agente associado à incidência da artrose, além de outros fatores como obesidade, displasia no desenvolvimento do quadril, doença inflamatória, trauma, sequela de alguma infecção e também impacto fâmoro-acetabular. 

A rigor, a patogenia especificadamente da artrose de quadril é desencadeada a partir do amolecimento e afilamento da cartilagem articular, decorrendo a constituição de cistos em dois locais: cabeça femoral e na região do acetábulo causado por mecanismo de bombeamento do líquido articular. 

OSTEÓFITOS

Quais mecanismos estão relacionados na formação dos osteófitos ainda é motivo de controvérsias, sendo distinguidos por Bombelli com dois tipos: De tração (tração positiva), resultantes de estruturas que atendem a tração, e de sucção (tensão negativa), quando recobrem a cartilagem articular da cabeça femoral, ficando com aparência de “casca de cebola”. 

A dor é o sinal mais notório da sua incidência, piorando ao ser iniciado o movimento e é notado na região da virilha ou adutores, com possibilidade de irradiação para três locais: parte anterior da coxa, joelho ou perna. Também poderá ser identificada algum tipo de dor lombar, especialmente quando houver artrose bilateral. Quando tiver uma rápida mudança no nível de intensidade da dor poderá vir a ser um sintoma de fratura subcondral na coxartrose secundária à osteonecrose. Ou, quem sabe, algum colapso de grande cisto ósseo. 

Evoluindo o problema, poderá ser constatada alguma limitação do arco do movimento, que poderá se evidenciar com dificuldades para realizar certas tarefas de rotina, como lavar os pés, colocar meias, cortar unhas e até mesmo cruzar as pernas. 

EXAME FÍSICO E COMPLEMENTAR 

Alguns exames poderão ser conclusivos para diagnóstico do desgaste do quadril, como diminuição na marcha, inclusive com sinal de Trendelemburg positivo decorrente de dois fatores: insuficiência na musculatura abdutora e encurtamento do membro. 

Outro exame poderá aferir a obliquidade pélvica, resultante da dismetria dos membros inferiores, complementada pela contratura na flexão do quadril que poderá conduzir para uma hiperlordose na região lombar. 

Como a rotação interna será afetada, seguida pela externa, abdução, adução e flexão, o exame do arco do movimento deverá começar pelo quadril hígido (não doloroso). 

Entre os exames complementares, indicados pelo médico ortopedista, destacam-se as radiografias. A tomografia e ressonância são recomendadas quando houver normalidade anatômica que tenha sido visualizada pela radiografia de praxe. A tomografia será pertinente diante da suspeita de ocorrência de tumor (com ênfase em osteoma osteoide). Já a ressonância será de grande valia quando se identificar indícios de osteonecrose da cabeça femoral (especialmente nos estágios zero e 1 de Ficat). 

 

 EXAMES LABORATORIAIS 

Não são indicados para efetuar diagnóstico de artrose e sim para investigar o que está causando dor na região do quadril. O exame feito no líquido sinovial vai auxiliar quando se procura um diagnóstico específico tanto para a gota quanto para psoudogota. 

É importante ressaltar que quando são identificados tumores localizados tanto no colo quanto na cabeça do fêmur (diagnosticados como osteoma oestoide, condroblastoma), não deverão ser ignorados, especialmente em pacientes que apresentem limitação do arco de movimento. 

ARTROSE PRIMÁRIA: CLASSIFICAÇÃO 

Segundo a visão de Bombelli, denominar meramente como primária e secundária para classificar a artrose é atitude inadequada, devendo, portanto, seguir esses critérios para proceder um correto tratamento para artrose: 

– Morfologia; 

– Etiologia; 

– Amplitude de movimento; 

– Reação biológica. 

A etiologia mecânica é produto de problemas da morfologia de articulação, tendo por consequência a sobrecarga articular. 

A metabólica é consequência de mudanças no metabolismo ósseo, alterando a morfologia da articulação, normalmente resultante da osteoporose, osteomalácia, artrite reumatoide, doença de Paget, anemia falciforme, entre outras causas. 

Já a súpero-externa poderá ter associação com cistos ósseos e determinadas áreas de esclerose, quando é percebido que o acetábulo altera seu contorno côncavo habitual, fazendo com que a cabeça femoral deslize súpero-externamente. 

A concêntrica é identificada pela perda uniforme da cartilagem e também do espaço articular em dois locais: cabeça femoral e acetábulo. Apresenta esclerose óssea na região superior da cabeça femoral, além de todo entorno acetabular. 

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Metodologia para fazer a graduação da área radiográfica da osteoatrite do quadril.  A classificação de 0 a III, desde a ausência de quaisquer sinais de artrose até a presença de cistos grandes na cabeça e acetábulo. Além do estreitamento acentuado ou mesmo ausência do espaço articular. 

cirurgia de quadril tem por função melhorar a função articular e aliviar a dor. Poderá ser indicado para displasia do desenvolvimento do quadril, doença de Legg-Caivé-Perthes, coxa profunda, doenças inflamatórias e artrodese de quadril, entre outras intercorrências relaci0nadas ao desgaste do quadril que poderão ser identificadas pelo medico ortopedista. 

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