A fratura da patela é a principal causa de ruptura do mecanismo extensor do joelho, sendo que a lesão do tendão quadriciptal e patelar vêm na sequência como lesões frequentes também. O principal mecanismo pelo qual ocorre a lesão do mecanismo extensor do joelho é uma sobrecarga excêntrica do mecanismo extensor que ocorre quando o pé está fixo ao solo e o joelho parcialmente fletido, explica o ortopedista esportivo. A ruptura do tendão patelar e a avulsão do pólo inferior da patela é comumente encontrada em pacientes atletas com menos de 40 anos, já a ruptura do tendão do quadríceps é mais comum em paciente idosos e em pacientes com doenças sistêmicas ou degenerativas, como distrofias musculares e outras.
Muitos estudos apontam para uma alteração degenerativa do dos tendões previamente a lesão em si, muitas vezes o ortopedista esportivo encontra relato de dor no joelho que antecede o episódio da ruptura. Trata-se de um quadro subclínico, ou seja, os sintomas são tão discretos que o paciente não procura atendimento médico naquele período. O ortopedista esportivo deve suspeitar de uma ruptura do mecanismo extensor naqueles pacientes de meia idade ou, até mesmo, idosos que se apresentam com derrame articular, dor e disfunção do joelho, principalmente se houve história de treinos de pulo, corridas ou agachamentos, no qual o paciente relata que escutou estalido forte vindo do joelho. No exame físico, iremos palpar um gap no tendão do quadríceps e a patela estará notadamente localizada inferiormente à sua topografia habitual.
Quando falamos do tendão patelar, o ortopedista esportivo, irá encontrar a patela deslocada superiormente. Ao realizar uma radiografia do joelho em perfil, com o mesmo ligeiramente fletido, o posicionamento elevado da patela fica evidente, naqueles casos que o diagnóstico ainda não está tão claro o uso de exame de ultrassom ou uma ressonância magnética irá esclarecer o diagnóstico.