Luxação dos Tendões dos Fibulares

Luxação dos Tendões dos Fibulares

Luxação dos tendões dos Fibulares

As lesões ou luxação do tendão dos fibulares podem se dar de várias formas, frequentemente associadas a luxações ou subluxações dos tendões (inchaço no tornozelo). Conhecer a causa etiológica da lesão é importante para o tratamento adequado dos tendões fibulares. Fatores associados à predisposição devem ser levados em conta. Para saber mais, acompanhe nosso texto e entenda mais sobre a luxação do tendão dos fibulares e o seu tratamento. 

 

 Também é comum que o estresse causado sobre as articulações e membros inferiores tenha se originado de lesões anteriores que modificaram o modo como a pessoa caminha. Isso pode acabar resultando em patologias nas articulações. Lembrando que os tendões fibulares se originam na parte lateral da perna, seguindo pelo maléolo lateral para se fixar nos metatarsos. 

 

A função dos tendões fibulares 

 

Luxações e subluxações nos tendões fibulares podem afetar gravemente a movimentação do paciente – inchaço no tornozelo. Vale lembrar que os movimentos de eversão do pé são realizados principalmente pelos tendões fibulares.  

 Os tendões fibulares também desempenham função de estabilizadores dinâmicos, tendo uma relação forte com as torções de tornozelo. Nelas os diagnósticos clínicos costumam se focar nas lesões ligamentares laterais. Isso faz com que os tendões fibulares fiquem negligenciados. 

 

Como ocorre a luxação do tendão dos fibulares? 

 

A Luxação do tendão fibular costuma ocorrer devido à ruptura do retináculo superior, causando inchaço no tornozelo. Outra causa possível é quando o retináculo superior acaba por empurrar o periósteo para longe do maléolo lateral, gerando frouxidão no retináculo.  

Aparentemente há relação entre a forma ou tamanho do sulco fibular e o nível de instabilidade dos tendões fibulares. Também a fratura devida à avulsão do sulco lateral da fíbula distal acontece junto à luxação, ou subluxação dos tendões fibulares. 

 Qualquer ocorrência, que leve à contração repentina e forte dos músculos fibulares, pode gerar a subluxação ou luxação do tendão dos fibulares, se estiver ligada à flexão dorsal e a eversão do pé. 

 Dessa forma os tendões são forçados anterolateralmente, de modo que há o rompimento do retináculo, assim provocando a fratura por avulsão do maléolo lateral e inchaço no tornozelo. Geralmente, quando isso ocorre, o paciente ouve e sente um estalo.  

 

Qual é a diferença entre Subluxação e entorse? 

 

A entorse (ou “distensão ligamentar”) e a subluxação do fibular podem ser diferenciadas; a subluxação  o tendão fibular apresenta edema (inchaço no tornozelo), equimose retromaleolar, e dor na topografia do tendão.  

 Já na subluxação ao se realizar a eversão do pé, é possível observar a subluxação dos tendões fibulares. Principalmente se sintomas agudos houverem cedido. Nesse ponto, geralmente, há a queixa de estalos, ou falseios crônicos, por parte do paciente. 

 A redução do retináculo superior fibular pode ser ocasionada pela instabilidade lateral crônica do tornozelo, por sua vez, levando à instabilidade dos tendões fibulares (com deslocamentos frequentes e subluxações), ocorrendo atrito da porção maleolar da fíbula com o fibular curto. Desta forma rompendo o tendão longitudinalmente, e consequente inchaço no tornozelo. 

 

Áreas críticas para subluxação 

 

Dentre as áreas nas quais a subluxação pode ocorrer, a que tem o maior risco é na extremidade distal do sulco maleolar. Isso porque os tendões fibulares na extremidade distal são os que sofrem primeiro com os movimentos tridimensionais do pé nas junções subtalar do tornozelo. 

 Em ocasião de o pé estar em contato com o solo, e os músculo fibulares estarem se esforçando com uma inserção fixa e origem móvel, há maiores chances de dano. Quando o pé está nessa posição, as contrações tanto excêntricas, como concêntricas dos músculos, criam forças que atuam no retináculo fibular superior. 

 

Tratamento Cirúrgico 

 

Frequentemente casos de luxação dos tendões dos fibulares (traumáticas) acabam por ser negligenciados devido à complexidade de seus diagnósticos. Sendo comum que sejam confundidos com casos de entorses do tornozelo.  

 Ao ser realizado o procedimento cirúrgico, o cirurgião procura entender o estado do tendão ao analisar se houve perda de coloração perolácea, também procurando fendas e esgarçamentos.   

 Através de uma incisão em linha curva, com cerca de 10 cm, a via de acesso é feita.    

O ligamento do retináculo superior fibular é seccionado, deixando os tendões à mostra. Havendo luxação, as bordas parietais estarão alteradas.  

 

Depois se busca por crista fibular cortante, osteófitos (para serem aplanados), presença de músculo acessório, ou ventre muscular de implantação baixa. O tratamento pode requerer o debridamento (limpeza de resíduos de tecidos) com suturas, ou solidarização proximal e distal. Tudo depende do tamanho da área comprometida. No final o Retináculo Superior Fibular é suturado em “jaquetão”. 

 

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