Retardo de Consolidação
Um bom atendimento na ocorrência de uma fratura é essencial para garantir a melhor recuperação.
Além disso, existem fatores da nossa saúde e hábitos que podem colaborar para um retardo de consolidação (pode levar à pseudoartrose) ou, no caminho contrário, contribuir para uma melhor e mais rápida recuperação.
Vamos entender como o retardo de consolidação ocorre, do que se trata, quais fatores corroboram para que aconteça e quais medidas devem ser tomadas para o tratamento adequado.
O que é
O retardo de consolidação (é diferente de pseudoartrose) ou não-união dos fragmentos ósseos é o nome dado ao atraso no processo de colagem do osso após uma fratura.
Embora haja uma confusão para delimitar até que ponto deve-se chamar pseudoartrose ou retardo de consolidação, a grosso modo a diferença está em que o primeiro refere-se à uma ausência de colagem e o segundo apenas ao atraso.
Como ocorre
Quando ocorre uma fratura, os meios para que haja consolidação do calo ósseo, ou seja, para que os fragmentos se colem novamente, são dois: ou processo natural ou por uma consolidação primária.
O processo natural se refere a forma como o corpo cria o calo ósseo para recuperação de uma fratura. Assim que ocorre o rompimento, há um sangramento na região que vai se transformando ao longo dos dias em uma cartilagem cálcica, formando o calo ósseo responsável pela colagem dos fragmentos.
Enquanto isso, a consolidação primária é o processo interventivo médico para a consolidação da fratura, por meio da compressão dos fragmentos um contra o outro – nos casos em que é possível.
Embora seja comum que a recuperação se dê entre semanas ou até cinco meses, a depender do osso que foi fraturado, da idade do paciente, de fatores de sua saúde, etc, podemos dizer que a maioria das pessoas está totalmente recuperada em torno de três meses. Se, no entanto, a fratura demora muito mais tempo que o normal para se consolidar, o nome que se dá para este problema é “retardo de consolidação”, casos mais graves evoluem para pseudoartrose.
Pseudoartrose
Se o médico observa, após longo período, que os fragmentos não estão se consolidando de nenhuma forma, não se trata de apenas um retardo de consolidação, mas de uma pseudoartrose. Os cuidados exigidos são diferentes e demanda outro tratamento, por isso procure um especialista.
Fatores que contribuem
Um dos principais fatores que causam um retardo de consolidação, é uma intervenção médica inadequada. Por isso é importantíssimo que se recorra a profissionais competentes para cuidar da nossa saúde.
No entanto, existem outros fatores, especialmente referentes à nossa saúde, que podem corroborar para um atraso na recuperação. São eles: má circulação sanguínea, tabagismo, instabilidade na área da fratura, diabetes, a idade avançada, osteoporose, etc.
Tratamento
Para o tratamento do retardo de consolidação (tratamento difere da pseudoartrose), há uma nova terapia chamada extracorpórea. Ela é feita por meio de ondas de choque. É recomendável a aplicação de uma à três sessões, contado com intervalos para avaliação.
Nesse tratamento, a energia mais adequada para a patologia é de alta densidade. A aplicação vai de trinta e cindo mil à quarenta mil ondas de choque a cada sessão.
Uma intervenção mais comum e danosa é o enxerto ósseo, onde um fragmento é retirado de outra parte do corpo alternativa à fratura – comumente as cristas ilíacas – e colada no local da fratura que não estava colando.
No entanto, os prejuízos do não tratamento são acertadamente muito agravantes. Em caso de suspeita de retardo de consolidação e pseudoartrose, deve-se consultar um bom profissional para fazer o diagnóstico e orientar o melhor tratamento.