Quem desempenha tarefas repetitivas corre o risco de ter fratura por estresse ósseo, ou fratura por fadiga (canelite), ocorrendo principalmente nos ossos de sustentação de peso localizados na parte inferior das extremidades.
Os protocolos de tratamento deverão ter caráter individual, levando em conta alguns critérios, como a atividade causadora do trauma, anatomia anatômica local e a gravidade da fatura.
As lesões por estresse são produto do uso excessivo de determinado mecanismo ósseo, sendo composta por três estágios.
A ocorrência de qualquer tensão ou forte carga poderá gerar distensão óssea que poderá resultar em algum microdano. Quando ocorre no medial tibial é denominado canelite.
Por um processo natural de remodelação, o osso terá capacidade de resistir ao começo da fissura para que seja propiciado um reforço para eventual carregamento futuro, conhecido como lei de Wolff.
FATORES DE RISCO
São considerados fundamentalmente os biológicos e mecânicos que terão algum tipo de influência na capacidade corporal de executar a remodelação dos ossos e, dessa forma, influir num possível risco individual para o desenvolvimento de alguma fratura por estresse, não se limitando ao sexo, idade, raça e outros critérios, como situação hormonal, alimentação, atividade neuromuscular e genética.
Determinados fatores poderão contribuir para uma canelite: alinhamento ósseo anormal, deficiência no suprimento sanguíneo e desgaste ósseo, entre outros.
Quando ocorre uma contração muscular poderá ter relação com a ocorrência de fadiga óssea.
Por outro lado, a função neuromuscular também terá a função de exercer uma proteção à estrutura óssea, facilitando inclusive a distribuição das cargas externas, diminuindo o volume de energia que vier a ser especialmente absorvida tanto pelos ossos quanto pelas articulações.
Quando se trata de diminuir a incidência das microfissuras ósseas, é essencial uma avaliação biomecânica do paciente.
Qual a diferença entre fratura por estresse e fratura por insuficiência?
Ambas ocorrem, inclusive na canelite, em decorrência da perda do equilíbrio presente na criação e reparo dos microdanos do osso.
A dor causada nem sempre se mostrará associada a um problema específico, ou mesmo à uma lesão ou trauma.
Os indivíduos que mantiverem seus treinamentos sem modificação naquelas atividades associadas à dor terão maior risco de sofrer uma fratura completa.
Vale ressaltar que as radiografias simples se mostram, numa primeira etapa, negativas na fase inicial da fratura, especialmente nas 2 a 3 semanas.
Já a cintilografia óssea comprovou ser 100% eficaz par identificar fratura por stress no osso, frtura óssea, também nos casos de canelite ou de outro osso da perna, apesar de propiciar uma menor especificidade na identificação da fissura significado se comparada com a ressonância magnética.
A análise da taxa metabólica das células é indicada no processo de medição das fraturas por estresse.
CLASSIFICAÇÃO
As fraturas por estresse são classificadas normalmente pelo tamanho da linha de fratura observada através da imagem, além da gravidade da dor ou incapacidade de movimento, localização, histórico e pela combinação desses fatores.
As de alto risco apresentam um potencial de atraso na união ou desunião, de refratura e danos a longo prazo.
Esses critérios, inclusive no caso de canelite, permitem ao médico fazer um diagnóstico rápido se há possibilidade de se tornarem agressivos, caso o atleta decida retomar o treinamento.
As áreas com fratura por estresse de baixo risco são o fêmur, tíbia, costelas e do primeiro ao quarto metatarso.
Dependendo da gravidade da lesão, no caso de fratura por estresse de alto risco, deverá ser priorizada a questão da gestão operativa, exigindo inclusive mobilização imediata e/ou limitação de suporte de peso.
CICATRIZAÇÃO
Normalmente, os atletas somente poderão retomar suas atividades físicas habituais após a finalização do tratamento com a cicatrização completa, havendo necessidade de cumprir um descanso efetivo, especialmente na canelite, quando identificar dor no osso da canela sabendo que a canelite tratamento está incluída nos tipos de fraturas osseas e na fratura por stress, tipo de fratura óssea para entender a fissura significado num osso da perna.
As fraturas consideradas de estresse de baixo risco são tratadas com o descanso relativo e alteração na atividade.
No caso de não ocorrer a cicatrização ou se houver persistência nos sintomas num período superior a 4 a 6 semanas, a indicação de tratamento se baseia na imobilização incluindo restrição de suporte de peso e intervenção cirúrgica, o que vale também para a canelite.
Continuar ou não a atividade?
Deverá ser avaliado com o paciente, ocorrendo um acompanhamento criterioso para assegurar que as recomendações médicas estão sendo cumpridas adequadamente.
Todos os pacientes dever estar bem cientes do risco do descumprimento das regras de tratamento.
As fraturas identificadas por estresse de extremidades superiores geralmente incidem como resultado do impacto de carga causada pelo caminhar, correr ou pular.
A grande maioria dos membros que sofreram lesões causadas por estresse apresentam boa resposta ao tratamento não cirúrgico, bastando o repouso e mudança nas atividades corriqueiras.
As lesões por estresse podem ser a canelite ou atingir outras áreas, como a região intertrocantérica e pescoço. A região do lado superior do colo do fêmur é propícia para que ocorram fraturas.
A confirmação poderá exigir o escaneamento ósseo complementada por ressonância magnética.
É importante notar que os raios X apresentam alto índice de falsos negativos e a varredura óssea será útil na obtenção de um diagnóstico precoce, apesar da ressalva de falsos negativos serem possíveis em até 12 dias seguidos do aparecimento dos sintomas.
A atividade repetitiva contribui de forma efetiva para que ocorram lesões por estresse do osso.
A dor acompanhada de palpação, diferente da canelite, poderá ser notada na coxa anterior saltando para a perna afetada.
Os meios mais relevantes para se obter um diagnóstico são: ocorrência de sensibilidade na palpação da patela anterior e dor crescente com resistência na extensão do joelho.
Diversas evidências apontam que as fraturas agudas não deslocadas poderão ser tratadas com a imobilização associada ao descanso relativo.
A varredura óssea, de forma geral, clarifica a captação fusiforme focal, diferente da captação linear que se nota na tíbia medial. As fraturas por estresse que acometem o maléolo medial são normalmente raras.
Saber o que é canelite, identificando a dor nas canelas com todas variáveis ajuda a saber como tratar canelite evitando sérios desconfortos.
