Colo do Fêmur – Fratura

Colo do Fêmur – Fratura

 Fratura do colo do fêmur – Epidemiologia 

As doenças da terceira idade  estão se tornando mais frequentes na medida em que a longevidade da população aumenta. No caso da fratura do colo do fêmur (também conhecida como fratura do quadril) não é diferente.  Para compreender mais sobre a fratura do colo do fêmur acompanhe nosso texto e entenda suas características e o tratamento cirúrgico. A fraqueza natural dos ossos pelo envelhecimento, a perda de força muscular, a maior dificuldade para se manter equilibrado, a perda da acuidade visual e o frequente uso de medicamentos que causam redução da pressão arterial ou que agem no sistema nervosos central favorecem a queda e, portanto a fratura do quadril nas pessoas mais idosas. 

O Dr. Felipe Batista atua em diversos hospitais de São Paulo realizando o tratamento de fraturas do colo femoral. Entre em contato conosco para uma avaliação.

Geralmente há confluência de dois fatores que levam às fraturas do colo do fêmur: ossos fracos e traumas na região do quadril. Sendo que esses dois fatores se fazem mais presentes na população idosa, o que explica o por quê dessa população sofrer mais com esse tipo de fratura. 

Fratura do colo do fêmur
Fratura do colo do fêmur

O quadril e o colo do fêmur 

 O fêmur é um osso grande e robusto, o maior em nosso esqueleto, possuindo grande resistência. Localizado na região da coxa, ele se liga na extremidade inferior da pelve e proximal da perna. Em sua parte superior, o fêmur apresenta três divisões, cada uma tem seu nome característico. Chamamos as partes de: cabeça do fêmur, colo do fêmur e o trocânteres. O acetábulo é a região localizada no osso da pelve na qual a cabeça do fêmur se encaixa. A região que engloba a parte superior do fêmur e a lateral da pelve é o quadril, e a junção entre acetábulo e a cabeça do fêmur é a articulação do quadril. 

 Link

 Diagnóstico 

 Para a realização do diagnóstico são levados em conta o histórico do paciente, os sintomas e o relato da queda, então se passa ao exame físico no qual o membro inferior costuma ficar encurtado e rodado externamente. Através da radiografia, portanto, ficará claro em que local ocorreu a fratura e todas as suas características.  Ainda assim, nos casos que a imagem da radiografia não é suficientemente clara, portanto o médico poderá se valer de uma tomografia computadorizada, ou uma ressonância magnética. Quando a fratura é completa e osso é partido em duas partes, o membro fraturado, além de menor comprimento do que o membro sadio. Outro sinal comum é que a perna fica em rotação externa. 

 

Classificação de fratura do colo do fêmur

Fratura oculta (edema na cabeça femoral) 

 Existem alguns casos em o paciente relata um episódio de queda e que após aquele evento ele não conseguiu mais ficar de pé e ao tentar fazê-lo, sente muitas dores, o que torna isso impossível. Normalmente, esses pacientes vão até o pronto-socorro e não é visualizada a fratura, pois o fêmur não se desencaixou. Nessa situação realizamos a ressonância magnética que nos dará uma visão exata se houve ou não a fratura.  

 

Como se dá a fratura  

 As fraturas intra-capsulares são aquelas que se dão na região do colo e da cabeça do fêmur. As demais fraturas que ficam abaixo dessa região são chamadas de extra-capsulares. 

 No caso de fraturas intra-capsulares as complicações ocorrem com maior frequência, isso porque há vascularização em menor escala na região do colo e da cabeça do fêmur. O risco de necrose, alterações degenerativas, bem como o comprometimento da cicatrização, são consequências da possível interrupção do fluxo de sangue após a fratura. 

 É importante ressaltarmos que a circulação sanguínea na cabeça do fêmur se dá apenas por uma única artéria. Dessa forma, quando ocorre a fratura a irrigação sanguínea, responsável por levar nutrientes e oxigênio para a cabeça, fica interrompida.  

 

 Tratamento cirúrgico da fratura do colo do fêmur 

 Para obter melhores possibilidades de recuperação o tratamento cirúrgico é a opção mais indicada. Essa é uma fratura que não se consolida sem a cirurgia devido às questões relacionadas a circulação na cabeça do fêmur. Vale ressaltar que, o tempo também é um fator importante, pois, quanto mais rápido realizarmos a cirurgia, melhor será a recuperação, pois nessa situação o paciente fica menos tempo acamado, perde menos massa muscular e receberá alta hospitalar precocemente. Dessa forma é preferível que o tratamento da fratura do colo do fêmur se dê no intervalo de 48 horas depois de ocorrida a fratura, mas desde que o paciente esteja clinicamente estável. 

Fratura do colo tratada com prótese total do Quadril

Artroplastia por fratura do colo do fêmur

 

Fratura do colo tratada com parafuso tipo DHS

DHS

 

Fratura do colo basocervical tratada com Haste intra-medular

Haste Femoral

 

Fratura do colo do fêmur tratada com parafusos canulados

Fratura do fêmur proximal

Durante o procedimento os ossos poderão ser fixados com o auxílio de pinos, placas ou parafusos, variando de acordo com as características da fratura.   A substituição de parte do quadril por uma prótese artificial pode ser o caso quando a cabeça do fêmur estiver muito comprometida, ou houver risco de comprometimento da perfusão sanguínea para ela. Para evitar que os músculos do paciente sofram atrofia, é indicado que ele já comece a realizar pequenas caminhadas após a cirurgia, porque trará benefícios, ainda que seja necessário o auxílio de muletas. Outra medida recomendada é que o paciente inicie fisioterapia assim que possível, pois, o principal objetivo é que o paciente consiga voltar a andar. 

 

Qual o tipo de cirurgia de quadril será realizado? 

 

Basicamente, as opções de tratamento dependem principalmente do tipo de fratura e da idade do paciente. Nos pacientes mais jovens, temos uma tendência maior para realizar uma cirurgia que preserve a cabeça femoral. Nos idosos, dada a alta chance de não consolidação ou osteonecrose da cabeça, porque questões anatômicas (circulação da cabeça), optamos pela artroplastia de quadril.  A cirurgia de preservação pode ser feita pelo uso do parafuso DHS ou parafusos canulados ou até mesmo uma haste (menos frequente).  

 

 

Doenças